POLÍCIA CIVIL, MINISTÉRIO PÚBLICO E TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PE DIVERGEM SOBRE CONDUTA DO CANTOR GUSTTAVO LIMA; HAJA CONTROVÉRSIAS...
O cantor sertanejo Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais na internet.
A operação policial Integration chegou a prender, em 04 de setembro deste ano, a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra e empresários ligados ao Esporte da Sorte e Vai de Bet, além de confiscar bens dos envolvidos no total de r$ 2 bilhões.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco havia expedido 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, mas nem todos os mandados de prisão foram cumpridos, porque um casal de empresários alvo dos mandados estava fora do País quando a operação havia sido deflagrada.
O empresário milionário André Rocha Neto e sua esposa Aislla Rocha, estavam a bordo de um iate de luxo, em Atenas, na Grécia, junto com Gusttavo Lima, o governador de Goiás Ronaldo Caiado e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Nunes Marques, festejando o aniversário do cantor sertanejo, enquanto a polícia os procuravam no Brasil para prendê-los.
Procurado pela imprensa, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, informou que ao tomar conhecimento dos mandados de prisão contra o casal que estava no iate, pediu que o empresário e sua esposa deixassem a embarcação, o que não aconteceu, e a festança continuou rolando solta.
Segundo as investigações, Rocha Neto teria comprado um dos aviões do cantor Gusttavo Lima através de uma das suas empresas, num esquema de lavagem de dinheiro. O sertanejo é o principal garoto propaganda da Vai de Bet, que pertence ao grupo de empresas de Rocha Neto.
Ajuíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco, chegou a citar "poderio econômico e destruição de famílias por jogos ilegais" no decreto de prisão que expediu contra o sertanejo Gusttavo Lima.
Em 23 de setembro, o desembargador Eduardo Guilloid Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, mandou soltar todos os presos da Operação Integration e também anulou o mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Andrea Calado, contra o cantor Gusttavo Lima.
Essa semana, o Ministério Público de Pernambuco concluiu que não há provas suficientes que possam incriminar o cantor Gusttavo Lima, acusado de envolvimento no crime de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais.
Os promotores de justiça de Pernambuco ainda reforçam que a transação envolvendo a venda da aeronave de Gusttavo Lima para a Esportes da Sorte e que depois devolvida à empresa do cantor para, posteriormente, ser revendida ao casal dono da Vai de Bet, José André da Rocha Neto e Aislla Rocha, Seguiu os trâmites legais.
No entendimento do MPPE, a venda e revenda da aeronave teria sido devidamente registrada por meio de contrato de venda e distratos.
O fato é que, as divergências entre a Polícia Civil, o Ministério Público, Juízes e Desembargadores da justiça pernambucana, demonstra a "fragilidade" das autoridades diante de circunstâncias desafiadoras, com fortes indícios de crimes graves, que envolvem o poderio econômico e político no País.
Uma parcela rara da sociedade brasileira - excluindo-se os 'fanáticos' por influenciadores digitais como a Deolane Bezerra e o cantor sertanejo Gusttavo Lima, e ainda os viciados em jogos -, acostumada a perplexidades diante de fatos dessa natureza, tão comum no país das desigualdades sociais, deve estar se questionando agora: "Se fosse um processo envolvendo um grupo de jovens da periferia, acostumado a praticar pequenos furtos para revender os produtos furtados e arriscar o "dinheirinho" ilegal em jogos na internet...".
A resposta seria exatamente isso o que você está pensando agora: Jamais haveriam divergências, controvérsias, dúvidas... da Polícia, do Ministério Público e dos magistrados.
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