Ribeirão Preto registra recorde nacional de abstenção eleitoral; o desinteresse do eleitor já se espalha por todas as regiões do País

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São Paulo,12/12/2024

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Ribeirão Preto registra recorde nacional de abstenção eleitoral; o desinteresse do eleitor já se espalha por todas as regiões do País


Ribeirão Preto registra recorde nacional de abstenção eleitoral; o desinteresse do eleitor já se espalha por todas as regiões do País Os desafios de Carmén Lúcia
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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, ministra Carmén Lúcia, haverá de enfrentar enormes desafios enquanto leal guardiã da Constituição Federal e da Democracia no Brasil, já a partir das próximas eleições 2026, como por exemplo, desenvolver campanhas para conscientização do eleitor e moralizar o processo eleitoral no País.

Com o crescente e preocupante desinteresse do eleitorado em sucessivas eleições, fica cada vez mais evidente que o alto índice de abstenção do eleitor brasileiro, denota  manifestação de protesto contra o sistema "opressor" eleitoral, o qual o obriga a participar das eleições (sob pena de sofrer punições), as quais ele sequer foi consultado se desejava financiar com o dinheiro dos seus impostos. Pra início de conversa.

E para reforçar ainda mais a inegável insatisfação popular com o sistema eleitoral do País, os políticos - principais responsáveis pela indiferença do eleitorado -, além de subestimar a população com a manutenção da velha política, limitada à antigas promessas milagrosas nas áreas da saúde, educação, segurança e moradia popular, que ninguém acredita mais; ainda protagonizam imoralidades cotidianas envolvendo dinheiro público, sob o manto da imunidade.

Para resgatar o interesse do eleitorado pelas eleições no Brasil, da forma como o sistema eleitoral funciona e os políticos se comportam, é uma missão quase impossível. Seria  necessário o uso de "terapia intensiva de PNL - Programação Neurolinguística  coletiva", em razão da recusa do cidadão em aceitar ser usado como "instrumento da democracia" para bancar campanhas eleitorais, mordomia de políticos, sistema eleitoral, e ainda ser penalizado, seja por não ter votado ou até por ter votado em políticos que atentam contra a própria democracia

Por uma diferença de apenas 687 votos, o deputado federal Ricardo Silva (PSD), venceu as eleições para a prefeitura de Ribeirão Preto, neste domingo (27). No entanto, o que mais chama atenção no resultado da eleição, não é a diferença bem estreita entre Ricardo Silva e o candidato vencido, empresário Marco Aurélio (Novo), e sim o elevado número de eleitores que não compareceram para votar: 37.64%, que traduzido em votos não computados, totalizam 179.759 mil - número muito superior ao total de votos obtidos pelos dois candidatos, Ricardo Silva (131.421) e Marco Aurélio (130.734) - ou 50.13% e 49.87%, respectivamente.

Do total de eleitores aptos a votar em Ribeirão Preto, interior paulista, precisamente 297.836, apenas 262.155 votaram, e cerca de 35,6 mil anularam ou votaram em branco, o que eleva a quantidade de votos "desperdiçados" para cerca de 215 mil.

No primeiro turno das eleições, o número de abstenções na cidade de Ribeirão Preto chegou a 33.51%, ou seja, mais de 160 mil eleitores não votaram. Em 2020, época da pandemia, a abstenção foi de 32.44%.


Em todo o estado de São Paulo, cerca de  34.403.609  de eleitores estavam aptos a votar nas eleições municipais 2024. No entanto, a abstenção de 25.33%  (8.713.221) dos  eleitores, no 1º turno,  reduziu o número de eleitores para  25.690.388.

Na capital paulista, mais de 2,5 milhões deixaram de votar no primeiro turno das eleições e no segundo turno das eleições disputada por Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), esse número subiu para mais de 2.940.360. Os votos brancos e nulos somam 234.317 e 430.756, respectivamente.

O prefeito Ricardo Nunes foi reeleito com 59.35% dos votos, totalizando 3.393.110 da preferência eleitoral já estima pelas pesquisas de intenção de votos, e Guilherme Boulos, ficou com 2.323.901, ou 40.65% do total de 6.382.084 dos votos válidos.

O fenômeno da rejeição eleitoral representado pelo desinteresse do eleitor, tem atingido vários estados e cidades do País. No primeiro turno das eleições deste ano,  o estado do Rio de Janeiro, atingiu 26.24% e Rio Grande do Sul 31.51%, números bem acima  da média nacional que é de 21.71%.

Veja as principais cidades onde foram disputadas eleições no segundo turno, com alto índice de abstenção: Canoas(RS),  35.72% ou 92.716 votos não computados. Nulos e brancos, foram  11.229 e 10.434, respectivamente.  Airton Souza (PL), venceu a eleição com 52.12%  e o segundo colocado, Jairo Jorge (PSD) obteve 47.88% dos votos;

Petrópolis (RJ) - abstenção, 35.69%, cerca de 87.513 votos. Nulos e brancos 8.059 e 4.688, respectivamente. O candidato Hingo Hammes (PP), se elegeu com  74.74%, e  Yuri (PSOL) ficou em segundo lugar com 25.26%; 

Franca (SP) - abstenção, 35.42% 88.029 votos.  Nulos e brancos 10.266 e 8.931, respectivamente.  Alexandre Ferreira (MDB), se elegeu com 58,64%  e João Rocha (PL), ficou com 41.36%;

Aparecida de Goiânia (GO) - abstenções, 35.25%, ou  121.750 votos. Nulos e brancos 9.549 e 6.162. O prefeito eleito Leandro Vilela (MDB), obteve  63.60% dos votos. O segundo colocado, professor Alcides (PL), ficou com 36.40;

São José do Rio Preto (SP) - abstenções, 34.48%. O Coronel Fábio Cândido, do PL, venceu Itamar do MDB;

Porto Alegre (RS) - abstenções, 34.83%. O candidatos Sebastião Melo, MDB, venceu Maria do Rosário, do PT, por 61.53%, contra  38.47% da segunda colocada;

Anápolis (GO) - abstenções  34.24%.  Márcio Correa (PL), venceu a eleição com  58.56%, e  Antonio Gomide (PT), ficou em segundo com 41.44%;

Goiania (GO) - abstenções, 34.20% abstenções.  Sandro Mabel (União), venceu a eleição com  55.53% e Frede Rodrigues (PL), ficou em segundo com 44.47%;

Santos (SP) - abstenções,  33.74%. Rogério Santos (Republicanos), venceu com 53.37% dos votos, e   Rosana Vale (PL), ficou em segundo lugar com 46.63%;

Sumaré (SP) - abstenções - 32.92%. Henrique do Paraíso (Republicanos), venceu com 58.22% contra Willian Souza (PT), que ficou com 41 78% dos votos;

Um fato controverso que pode ter contribuído para o índice de abstenções nas cidades de São Paulo, Sumaré e Santos, e influenciado na eleição dos candidatos Rogério Santos, no município de Santos, e Henrique Paraíso, de Sumaré, ambos do Republicanos, mesmo partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi a divulgação de que o setor de inteligência da polícia de São Paulo, havia interceptado mensagens de integrantes do PCC orientando o voto nessas duas cidades.


Além de Sumaré e Santos, a eleição na cidade de São Paulo, também pode ter sido afetada pela declaração do governador Tarcísio de Freitas, o qual afirmou neste domingo, dia da eleição municipal,  que integrantes da facção criminosa PCC, estavam orientando o voto em favor do candidato Guilherme Boulos, que perdeu a eleição na capital paulista.

A região Nordeste do Brasil  registra menores índices de abstenção eleitoral.  Em Fortaleza (CE), apenas 15.84% não compareceram Às urnas. Na capital Cearense, Evandro Leitão (PT) venceu a eleição com 50.38%, contra 49.62% de André Fernandes (PL). Nulos e brancos, foram 2.92 e 1.64%, respectivamente, num universo de 1.489.352 eleitores.

Já em Campina Grande (PB), as abstenções ficaram nos 16.81%, enquanto os votos nulos foram de  3.91% e brancos 1.56%, do total de 248.637 eleitores. Bruno Cunha Lima (União), se elegeu prefeito da cidade com  57.94%, contra Dr Jhony (PSB) 42.06%.

Dos 51 municípios onde os eleitores escolheram novos prefeitos e vice-prefeitos para os próximos quatro anos, 15 são capitais estaduais: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO) e São Paulo (SP).

As outras 36 cidades onde houve o segundo turno foram: Anápolis (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Barueri (SP), Camaçari (BA), Campina Grande (PB), Canoas (RS), Caucaia (CE), Caxias do Sul (RS), Diadema (SP), Franca (SP), Guarujá (SP), Guarulhos (SP), Imperatriz (MA), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Londrina (PR), Mauá (SP), Niterói (RJ), Olinda (PE), Paulista (PE), Pelotas (RS), Petrópolis (RJ), Piracicaba (SP), Ponta Grossa (PR), Ribeirão Preto (SP), Santa Maria (RS), Santarém (PA), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Serra (ES), Sumaré (SP), Taboão da Serra (SP), Taubaté (SP) e Uberaba (MG). 

Entre as disputas realizadas nas 15 capitais neste segundo turno, 6 candidatas e candidatos conseguiram a reeleição, o que representa 40% do total. São elas: Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). 


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